quarta-feira, 15 de setembro de 2021

LIVROS QUE LI: RELATOS DE AVENTUREIROS E VIAJANTES


Gosto muito de ler sobre pessoas aventureiras que abandonam seus afazeres, rotinas e se "jogam" em viagens, desafiando a si mesmo, enfrentando o desconhecido. Nas aventuras mais ousadas, o planejamento é peça fundamental para o sucesso, em outras, por ter uma complexidade menor, o planejamento é um fator mais simples.


Peru - Rogério Meyer Dal Grande

1) PERU: MUITO ALÉM DAS MONTANHAS - Rogério Meyer Dal Grande.
Este livro é uma proposta para sair do lugar comum e fazer uma viagem e realizar uma jornada interna. Eu RECOMENDO.



Livro que conta as aventuras de uma viagem a Machu Picchu será ...

2) 4 - 3 - 2 - 1  DE ITAJAÍ A MACHU PICCHU - Fernando Arruda Souza. Este livro conta detalhes da viagem, mesclando relatos, descrições e reflexões. Uma experiência única, incrível, que deixou a certeza do desejo de voltar. Eu RECOMENDO



Machu Picchu - Sérgio Motta - 2ª Edição - R$ 28,70 em Mercado Livre

3) MACHU PICCHU - SÉRGIO MOTTA. Coincidências incríveis, mistérios arriscados e histórias fantásticas invadem inesperadamente o roteiro deste instigante livro de viagem turística e espiritual. Eu RECOMENDO.



Machu Picchu - Uma Viagem Transcendental: Breno Guimaraes: Amazon ...

4) MACHU PICCHU: UMA VIAGEM TRANSCEDENTAL - Breno Guimarães. O autor narra de maneira reflexiva a viagem que fez. Esta obra apresenta os passos, os momentos de alegria, emoção, encontros espirituais e as novas descobertas sobre as experiências vividas. Eu RECOMENDO.



Machu Picchu. Viagem A Cidade Sagrada Dos Incas - 9788525410290 ...

5) MACHU PICCHU: VIAGEM À CIDADE SAGRADA DOS INCAS - Leon Hernandes Dziekaniak
Este livro conta o que você precisa saber para ir até a cidade de Machu Picchu, percorrendo a trilha inca. Uma leitura que agrada aos místicos, aventureiros e àqueles que apreciam viajar com o auxílio de um livro. Eu RECOMENDO.



Um Andarilho Das Américas Luiz Bernardo Pericas - R$ 10,00 em ...

6) UM ANDARILHO DAS AMÉRICAS - Luiz Bernardo Pericás.
O autor fala dos locais que visitou, dos portos, das cidades e viu de perto a realidade e a cultura destes lugares. Eu RECOMENDO.



Contornando as Americas

7) CONTORNANDO AS AMÉRICAS: DIÁRIO E PROJETO DA EXPEDIÇÃO - Marcelo Ramos de oliveira.
Foram mais de 77 mil quilômetros percorridos, por 29 países e muitas histórias para mostrar neste livro. Eu RECOMENDO.



Livro Imagens Da América Marcos Malafaia Fernanda Graell - R$ 20 ...

8) IMAGENS DA AMÉRICA - Marcos Malafaia e Fernanda Grael. É um livro que conta a viagem destes dois jornalistas, percorrendo mais de cem mil quilômetros, passando por nove países da América Latina,  Com muitas (e belíssimas) fotografias, o livro desperta no leitor, uma vontade de realizar uma viagem desse tipo. Eu RECOMENDO.



América Central nas Asas do Quetzal - Saraiva

9) AMÉRICA CENTRAL: NAS ASAS DO QUETZAL - Eduardo Soares Batista. O relato desta viagem ressalta aspectos culturais dos países visitados. Eu RECOMENDO.



Alasca Via Terra do Fogo | Carrefour

10) ALASCA VIA TERRA DO FOGO: AVENTURAS DE CARRO POR 17 PAÍSES - Marcos E. Welter.
É a história de um casal, narrada sob o ponto de vista de Marcos, com a colaboração da esposa, Marilene. Uma aventura de 180 dias vivenciando as culturas locais, apreciando as belezas naturais e conferindo as maravilhas construídas pelas mãos divinas e humanas. Eu RECOMENDO.


Patagonia - Uma Viagem ao Fim do Mundo - 9788586647604 - Livros na ...

11) PATAGÔNIA: UMA VIAGEM AO FIM DO MUNDO - Ana Maria Pereira Gonçalves
Um livro de leitura agradável, que mostra, em textos e fotos, a viagem por uma região belíssima e que, talvez, muitas pessoas nem saibam onde fica este lugar. Eu RECOMENDO.


Livro Trekking Na Patagônia Regina Helena Fontanelli - R$ 14,97 em ...

12) TREKKING NA PATAGÔNIA: RELATO DE UMA VIAGEM DE 26 DIAS - Regina Helena Fontanelli.
Com um texto envolvente e de fácil leitura, além de lindas fotos, a autora compartilha sua experiência e sensações, durante a sua viagem. Eu RECOMENDO.



Montanha Em Furia - Aventura E Drama No Cerro Do Aconcagua, O ...

13) MONTANHA EM FÚRIA - Marcus Vinícius Gasques.
Uma escalada em um local belíssimo e perigoso, que conta em detalhes, toda a expedição, que terminou em uma tragédia. Um livro emocionante, difícil de não chorar, ou pelo menos, de se entristecer. Eu RECOMENDO.




10.000 Km de Brasil - Saraiva

14) 10.000 KM DE BRASIL: A JORNADA POR UMA PRÉ-HISTÓRIA ENIGMÁTICA - Elio J. Bocchi
Mais que uma simples jornada pela nossa geografia, o livro leva o leitor a descobrir que somos o resultado de uma herança fortemente gravada em nossos genes de um passado civilizatório perdido na noite dos tempos. Eu RECOMENDO.



Livro: Txai Viagem ao Brasil Brasileiro - Gily Samoel Adam ...

15) TXAI: VIAGEM AO BRASIL BRASILEIRO - Gily Samoel Adam
A bordo de um Dodge 1978, o autor visitou todos os estados brasileiros, durante dois anos e meio. O resultado é um livro repleto de histórias e de lugares que muitos de nós nunca ouvimos falar. Eu RECOMENDO



Livro: Expedição Ao Pico Da Neblina - Eduardo Augusto - 1993 - R ...

16) EXPEDIÇÃO AO PICO DA NEBLINA - Eduardo Augusto.
A leitura deste livro possibilita que o leitor acompanhe cada passo da equipe nesta expedição e juntamente com o grupo, ultrapasse os obstáculos que a selva amazônica coloca no caminho. Eu RECOMENDO.



Livro Projeto Contornos Viagem Contorno Do Brasil Turismo - R$ 23 ...

17) PROJETO CONTORNOS - Flávia Renault, Leca Peixoto, Mariana Pimenta.
Um sonho, uma conversa, um projeto, uma aventura e um livro. Foram 296 dias de viagem e 58.000 quilômetros percorridos. E muita aventura e histórias para contar... Eu RECOMENDO.



Agulhas eBook: Poletto, Marcio: Amazon.com.br: Loja Kindle

18) AGULHAS: UMA AVENTURA NAS MONTANHAS DE ITATIAIA - Márcio Spera Poletto.
Este livro é cheio de passagens interessantes, como a de um resgate feito durante a noite. Eu RECOMENDO.



Livro Pelas Veias Da Selva Vito D' Alessio - R$ 28,42 em Mercado Livre

19) PELAS VEIAS DA SELVA - Vito D'Alescio
Uma aventura feita de caiaque é algo incomum; uma aventura de caiaque feita em um rio, convivendo com uma natureza ainda bem preservada, sem muito contato humano, faze deste livro uma leitura que desperta curiosidade e surpresas. EU RECOMENDO.



Cem Dias Entre Ceu e Mar - Saraiva

20) CEM DIAS ENTRE O CÉU E O MAR -  Amyr Klink.
O autor conta a sua experiência ao atravessar o oceano Atlântico, saindo do continente africano e chegando no litoral do Brasil. Um livro que mostra a importância do planejamento, principalmente com detalhes. Eu RECOMENDO.



A Expedição Kon-tiki - Sebo Bagagem Cultural | Estante Virtual

21) A EXPEDIÇÃO KON-TIKI. Thor Heyerdahl
Uma aventura que foi realizada para tentar comprovar uma teoria e alterar o rumo da história das navegações. Eu RECOMENDO.



Nas fronteiras do Islã (Coleção Viagens Radicais) - 9788501063373 ...

22) NAS FRONTEIRAS DO ISLÃ - Sérgio Túlio Caldas.
O livro é um panorama do multicultural, rico  e misterioso mundo islâmico da região da Ásia Central. INTERESSANTE.




Livro: Travessia da Amazonia - Airton Ortiz | Estante Virtual

23) TRAVESSIA DA AMAZÔNIA - Airton Ortiz.
Em uma viagem nada convencional, o autor busca e encontra o inusitado, com uma narrativa ágil e pitoresca. INTERESSANTE.




 


24) NA TRILHA DA HUMANIDADE - Airton Ortiz
Ao seguir as pegadas dos nossos ancestrais a partir de vestígios arqueológicos e de informação genéticas das populações atuais, o autor conduz o leitor a uma viagem pela África, Oriente Médio, Ásia, até chegar em Minas Gerais. INTERESSANTE.



Cruzando A Última Fronteira - Coleção Viagens Radicais ...

25) CRUZANDO A ÚLTIMA FRONTEIRA - Airton Ortiz
O autor viaja até o Alaska, para vivenciar novas experiências e fica surpreso ao saber que mesmo naquele local distante do nosso país, eles conhecem o Brasil e o futebol brasileiro. INTERESSANTE.



Livro Aventura No Topo Da África - Airton Ortiz - R$ 38,00 em ...

26) AVENTURA NO TOPO DA ÁFRICA - Airton Ortiz
Este livro narra a emocionante jornada do jornalista, rumo ao ponto mais alto do continente africano. É uma mistura de aprendizagem, acontecimentos e aventuras. Eu RECOMENDO.





27) MUNDO POR TERRA: UMA FASCINANTE VOLTA AO MUNDO DE CARRO - Roy Rudnick e Michelle Francine Weiss
Foram 1033 dias de viagem e 160 mil quilômetros, com centenas de experiências, das quais, muitas estão neste livro. Eu RECOMENDO.



Livro: Na Trilha das Americas - Roberto Boell Vaz | Estante Virtual

28) NA TRILHA DAS AMÉRICAS - Roberto Böel Vaz
Um relato de um sonho de Roberto Böel Vaz, em uma narrativa que expressa um turbilhão de mensagens, que descrevem uma aventura, que poderia ser rotulada como loucura. Mas, a vida com uma dose de loucura é bem mais divertida. Eu RECOMENDO.



Conhecendo o Velho Mundo - roberto boell vaz

29) CONHECENDO O VELHO MUNDO - Roberto Böel Vaz.
Numa linguagem fácil e simplificada o autor torna sua aventura um misto de narrativas históricas, culturais e geográficas dos locais por onde passou. Eu RECOMENDO.



Aventuras no Camel Trophy - Carlos Probst, Tito Rosemberg


30) AVENTURAS NO CAMEL TRUPHY: DOIS BRASILEIROS NO INFERNO DE BORNÉU - Carlos Probst e Tito Rosemberg
Este é um livro que o leitor começa a ler e não deseja parar, até que chegar ao final dele. Aliás, o leitor até consegue imaginar as situações como se ele próprio estivesse vivenciando, no lugar de um dos autores. Um livro fascinante do início ao fim. Eu RECOMENDO.



Passagem Pela India - Artes e oficios - Livros de História e ...

31) PASSAGEM PELA ÍNDIA - Ivan Carneiro Gomes
Esta é uma história de aventura, surpresa e encantamento, baseada em registro feitos na emoção de uma passagem por Délhi. Ele reúne informação, emoção e reflexão. Eu RECOMENDO.



Uma caminhada na floresta - 9788571649613 - Livros na Amazon Brasil

32) UMA CAMINHADA NA FLORESTA: REDESCOBRINDO OS ESTADOS UNIDOS PELA TRILHA DOS APALACHES - Bill Bryson
Este livro narra as aventuras de Bill Bryson e de seu companheiro Stephen Katz na Trilha dos Apalaches, o mias longo caminho para excursões a pé. do mundo. Uma caminhada cheia de surpresas, nem sempre agradáveis, que o autor descreve com irreverência e espírito crítico. Eu RECOMENDO.



TEMPORADA DE RESGATES - Autor: Bob Drury - Peregrino Oswaldo Buzzo

33) TEMPORADA DE RESGATES: UM RELATO DOS ATOS HERÓICOS DE PÁRA-QUEDISTAS NA BEIRADA DO MUNDO - Bob Drury
A narrativa vigorosa deste livro fisga o leitor da primeira à última página, com suas caracterizações bem feitas e as histórias dramáticas da tenebrosa majestade e assustadora beleza do Alasca. Eu RECOMENDO.



Livro: E Assim Se Passaram Dois Anos - Mariana Klueger - Sebo ...

34) ... E ASSIM SE PASSARAM DOIS ANOS (NO DOCE INTERIOR DA ÁFRICA) - Mariana Klueger
Esta é a história (ou parte dela), de uma catarinense que foi morar na África, em uma realidade diferente para ela. Os detalhes e as histórias tornam este livro uma obra que merece ser lida. Eu RECOMENDO.




Livro Um Desafio No Kilimanjaro Marcelo Andrade - R$ 20,24 em ...

35) UM DESAFIO NO KILIMANJARO: MAGIA E LIÇÕES DA MONTANHA E D VELHO CONTINENTE - Marcelo Andrade
O livro é um relato do desafio que o autor e sua equipe enfrentaram, para chegar ao cume do monte mais elevado da África. Eu RECOMENDO.



Livro - Viagem Mistica No Tibete - R$ 14,90 em Mercado Livre

36) VIAGEM MÍSTICA NO TIBETE: A JORNADA DE UM PEREGRINO NA TERRA DO DALAI LAMA - José Vasconcelos Filho
É a narrativa de uma viagem que começou em Lhasa e percorreu vários templos e lugares fantásticos. Eu RECOMENDO.



Livro "Um sonho chamado K2" • Trekking Brasil

37) UM SONHO CHAMADO K2: A CONQUISTA BRASILEIRA DA MONTANHA DA MORTE - Waldemar Niclevicz
Este livro é testemunha inegável da vitória brasileira sobre a Montanha da Morte, carregado de emoções, tristezas e da mais profunda e angustiante felicidade. Eu RECOMENDO.



Viciado no Perigo - Saraiva

38) VICIADO NO PERIGO - Jim Wickwire e Dorothy Bullitt
O livro é um relato ímpar e emocionante de coragem, perseverança e dignidade. Uma história de aventura em seu sentido mais verdadeiro. Eu RECOMENDO.



Amazon.com.br eBooks Kindle: Milagre nos Andes: 72 dias na ...

39) MILAGRE NOS ANDES: 72 DIAS NA ONTANHA E MINHA LONGA VOLTA PARA CASA - Nando Parrado
Trinta anos depois do desastre, Nando conta sua própria história com extraordinária franqueza e sensibilidade. O livro é um olhar revelador sobre a vida à beira da morte e uma meditação sobre o ilimitado poder de redenção do amor. Eu RECOMENDO.



Tudo Pelo Everest - Waldemar Niclevicz

40) TUDO PELO EVEREST - Waldemar Niclevicz
A narrativa da primeira escalada brasileira na maior montanha do mundo é impressionante. Foram 74 dias repletos de suspense e sacrifício, mas também de muito prazer. Eu RECOMENDO.




NA ESTRADA DO EVEREST - 1ªED.(2000) - Airton Ortiz - Livro

41) NA ESTRADA DO EVEREST: TREKKING NO HIMALAIA - Airton Ortiz
Uma jornada de muito suspense e ação pelas trilhas que conduzem ao pé do Everest. EU RECOMENDO.



Livro, Everest: Viagem À Montanha Abençoada - Primeira Expecição ...

42) EVEREST: VIAGEM À MONTANHA ABENÇOADA - Thomaz Brandolin
Este relato conta a expedição de oito brasileiros, comandada pelo alpinista Thomaz Brandolin. Da preparação aos tormentos enfrentados na subida e tudo mais que envolve uma aventura grandiosa e ousada. Eu RECOMENDO.



 Agonia e Êxtase no Nepal - 9788545200642 - Livros na Amazon Brasil

43) AGONIA E ÊXTASE NO NEPAL - Rafael Scavanacca
O autor fala, neste livro, da paixão pelos lugares que não fazem parte dos destinos turísticos tradicionais. Durante a viagem à Katmandú, ele a terra treme e os acontecimentos seguintes são relatados nesta obra. Eu RECOMENDO.



Livro da Semana: "Sobre Homens e Montanhas" - Jon Krakauer


44) SOBRE HOMENS E MONTANHAS - Jon Krkauer
O livro trata dos sonhos que reúnem homens e montanhas. O autor tenta levar o leitor a entender um pouco mais de perto o que leva mulheres e homens a s aventurar em gigantescas paredes de rocha e gelo, muitas vezes caminhando lado a lado com a morte. INTERESSANTE.




Sem Rumo Na Copa - Via Escrita - R$ 28,80 em Mercado Livre

45) SEM RUMO NA COPA: 45 DIAS DE UMA AVENTURA NA ÁFRICA DO SUL - Diego Madruga, Pedro Rockenbach, Renan Koerich
Os três embarcaram para a África do Sul e viveram aventuras inesquecíveis, muito bem relatadas nas páginas deste livro. Eu RECOMENDO.



OUTROS CEUS - 1ªED.(2013) - Ricardo D'Addio - Livro

46) OUTROS CÉUS - Ricardo D'Addio
Este não é um livro de história, embora ele contenha várias histórias e todas verdadeiras. Ao ler este livro você não terá preocupação com a sequencia das datas, apenas vai curtir o texto bem-humorado. O autor enfrentou o desconhecido e o inesperado sem realizar um grande planejamento, utilizando do jogo de cintura e da improvisação. Eu RECOMENDO.



Annapurna - 9788535901122 - Livros na Amazon Brasil

47) ANNAPURNA: O PRIMEIRO CUME DE MAIS DE OITO MIL METROS CONQUISTADO PELO HOMEM - Maurice Herzog
O relato de Maurice Herzog é eletrizante. Em frases curtas, impregnadas de emoção, conduz o leitor a limites quase inimagináveis de arrojo e resistência e dá vida a uma natureza intocada, secreta, que raríssimos olhos contemplaram. Eu RECOMENDO.



O Urso Azul - Livros na Amazon Brasil- 9788573024470

48) O URSO AZUL - LYNN SCHOOLER
O autor reparte com seus leitores, detalhes de uma aventura inesquecível, em um cenário deslumbrante de arquipélagos selvagens e densas florestas do Alaska. Eu RECOMENDO.



Nazare - 9788573122152 - Livros na Amazon Brasil

49) NAZARÉ: UM APRENDIZADO SOBRE LIDERANÇA, PERCORRENDO OS CAMINHOS DE JESUS CRISTO NA TERRA SANTA - Sérgio Motta
Esta não é uma simples narrativa de viagem, mas sim um relato de uma singular experiência humana. Eu RECOMENDO.



Everest. O Diário de Uma Vitória - Coleção Viagens Radicais ...

50) EVEREST: O DIÁRIO DE UMA VITÓRIA - Waldemar Niclevicz
Neste livro, Waldemar divide com seus leitores sua aventura mais importante: a conquista do Everest, junto com Mozart Catão, descrevendo detalhes técnicos da expedição que alcançou o cume. Eu RECOMENDO.

Fantasmas do Everest em Busca de Mallory e Ir - Saraiva
51) FANTASMAS DO EVEREST: EM BUSCA DE MALLORY E IRVINE - Jochen Hemmleb, Larry A. Johnson, Eric R. Somonson
O livro aborda a procura pelos corpos daqueles que são considerados como os primeiros a chegar ao topo do Everest, mas que não conseguiram retornar. Os corpos nunca haviam sido encontrados e nesta expedição, o objetivo não era chegar ao cume, mas encontrar os corpos daqueles homens. Com fotos surpreendentes e um belo texto, o leitor ficará surpreso e satisfeito com este livro. Eu RECOMENDO.



Livro: Sozinho no Polo Norte - Thomaz Brandolin | Estante Virtual

52) SOZINHO NO PÓLO NORTE: UMA AVENTURA NA TERRA DOS ESQUIMÓS - Thomaz Brandolin
A história deste livro é da expedição de um brasileiro, que não estava sozinho, mas acompanhado de um cão. Porém, não era somente um cachorro qualquer, era mais do que isso. O objetivo era o de chegar ao Pólo Magnético da Terra. Enfrentando condições adversas, o brasileiro narra sua aventura. Eu RECOMENDO.




Livro - Pé Na Trilha - Marcus Vinicius Gasques - R$ 18,30 em ...

53) PÉ NA TRILHA: SAÚDE, LAZER & AVENTURA ATRAVÉS DE CAMINHADAS - Marcus Vinícius Gasques
Este livro segue uma sequência, partindo dos benefícios que uma caminhada pode trazer para a saúde física e mental, até chegar às recomendações gerais para quem quiser explorar as possibilidades dessa opção lazer ao máximo. Eu RECOMENDO.



Sua Majestade, o Deserto - Saraiva

54) SUA MAJESTADE, O DESERTO - Magda Raupp, Dione Pasquotto
Com detalhes vívidos, objetividade, poesia e humor, as autoras nos abrem janelas que permitem uma visão de uma caminhada fértil, apesar das agruras físicas físicas e das muitas dificuldades que uma viagem desse tipo implica. Uma viagem de 250 quilômetros "nas pegadas dos camelos" é um convite à aventura e a mensagem que elas nos deixam é clara: "se uma aventura te chama, siga o seu impulso". Eu RECOMENDO.



Em busca da alma de meu pai - Livros na Amazon Brasil- 9788535902303

55) EM BUSCA DA ALMA DE MEU PAI: A JORNADA DE UM SHERPA AO CUME DO EVEREST - Jamling Tenzing Norgay com Broughton Coburn
Em uma narrativa empolgante e reveladora, Jamling Tenzing Norgay, chefe da escalada da expedição de filmagem IMAX, ao Monte Everest em 1996, relata os acontecimentos trágicos daquele verão nas escarpas da montanha mais alta do mundo. Eu RECOMENDO.



Pe No Mundo - 9788586647512 - Livros na Amazon Brasil

56) PÉ NO MUNDO - Tiago Gomes de Oliveira
Muito mais do que uma viagem, é uma experiência de vida. É uma radiografia de hábitos e tradições de povos de culturas variadas. Por 262 dias o autor viajou por mais de 136 mil quilômetros, o que equivale a três voltas e meia no globo terrestre. Eu RECOMENDO.



No Ar Rarefeito – Jon Krakauer | Le Livros

57) NO AR RAREFEITO: UM RELATO DA TRAGÉDIA NO EVEREST EM 1996 - Jon Krakauer
Este livro é um relato sobre a temporada mais trágica da história de Everest. O  autor fez parte da equipe de uma das expedições que, na ocasião, tentavam chegar ao cume do Everest, com clientes de vários países. Krakauer passa a sua visão e versão dos fatos ocorrido. Eu RECOMENDO.




58) ALMA PANAMERICANA: UMA AVENTURA DE 25 MIL KM POR 14 PAÍSES - Adrian Kojin
O livro narra uma viagem repleta de surpresas e acontecimentos marcantes, é o registro em textos e fotos, de um sonho realizado. Eu RECOMENDO.




59) UM TREKKING NO ACONCÁGUA - Guilherme Borges
A viagem é contada passo a passo, relatando detalhes desta aventura. Não é um livro escrito para aventureiros profissionais, mas para quem quer se aventurar de forma literária e desta maneira, participar da viagem do Guilherme. Eu RECOMENDO.





59) ALASKA: ALÉM DO CÍRCULO POLAR ÁRTICO - Clodoaldo Turbay Braga
Saindo de Curitiba e chegando à beira do Oceano Ártico, dois meses depois, em uma motocicleta. Este é o roteiro de uma viagem fascinante em um texto bem escrito que conta ao leitor, as surpresas de uma grande aventura. Eu RECOMENDO.






60) DOIS CORAÇÕES EM DUAS RODAS PELA AMÉRICA DO SUL - Ricardo Rauen
Conheço o Ricardo há mais de vinte anos; é um figuraço! Uma pessoa que considero um amigo, sem que nós tenhamos convivido por muito tempo e de forma próxima. Mas temos amigos em comum e um deles nos apresentou e a partir desse instante, passamos a conviver em certas ocasiões. Muitas vezes, passamos um longo tempo sem nos encontrar, mas sempre que nos "esbarramos" por acaso, a alegria do reencontro é grande e verdadeira. Um dia, em uma livraria encontrei este livro e comprei-o imediatamente. Li e adorei. Realmente muito bom. Passado alguns meses, eu encontrei o Ricardo em um shopping em Florianópolis e ao pararmos para conversar, eu lhe falei que havia comprado e lido o livro que ele havia escrito. Ele ficou surpreso e me perguntou se era verdade; então eu mencionei uma das passagens do livro que me chamara a atenção e ele ficou muito contente. Novamente me deu um abraço pelo elogio ao livro dele. Quanto ao livro, eu RECOMENDO.





61) 141 DIAS DE PEDAL: DO ACRE AO FIM DO MUNDO - Gilberto Bezerra de Farias
Na noite de  de 7 de dezembro de 1998, eu caminhava no Beiramar Shopping na cidade de Florianópolis, quando avistei um homem, com uma mesa e alguns livros e camisetas para vender, Me aproximei e fui ver do que se tratava. Ele me atendeu e iniciamos uma conversa que durou mais de uma hora. Acabei comprando alguns exemplares e duas camisetas. A história que ele me contou sobre sua aventura, era apenas uma pequena parte do que o livro possui.
Esta é a história de um casal com seu filho pequeno, que pedalaram 441 dias, convivendo com pessoas, enfrentando intempéries, aprendendo e ensinado lições espirituais. Eu RECOMENDO.





62) DIRETO DA SELVA - Klester Cavalcanti
Neste livro, o autor revive com bom humor e emoção, suas insólitas experiências na região e apresenta uma Amazônia crua e fascinante, como poucas pessoas conhecem. Eu RECOMENDO.




63) O MEU EVEREST: REALIZANDO UM SONHO NO TETO DO MUNDO - Luciano Pires
O livro narra, sem heroísmos, sem sustos, sem super-homens escorregando e morrendo no gelo, uma história que é a realização de um sonho do autor. Eu RECOMENDO.



64) TRANSPATAGÔNIA: PUMAS NÃO COMEM CICLISTAS - Guilherme Cavallari
Uma história de uma aventura que percorreu seis mil quilômetros de bicicleta e durou seis meses. O autor, de maneira despretensiosa e surpreendente, mantém o olhar questionador e o compromisso com a sinceridade. Eu RECOMENDO.




65) GRÃOS DE AREIA: OITO ANOS DE AVENTURAS NO RALI PARIS-DAKAR - André Azevedo e Klever Kolberg
Os autores compartilham com o público, a experiência de enfrentar desafios em condições adversas, ressaltando a importância da determinação, quando se sabe o que se quer. Eu RECOMENDO.



66) A VOLTA AO MUNDO DO BIKINI - Mônica Magalhães
Curiosa e ao mesmo tempo, instigante. Essa é a história de um jovem casal brasileiro, contada por Mônica. Com uma narrativa ágil, capaz de levar o leitor consigo nessa encantadora viagem, pelos mares do mundo. Eu RECOMENDO.




67) AVENIDA DAS AMÉRICAS: UMA VIAGEM DE BICICLETA PELA AMÉRICA LATINA - Carlos André Ferreira
Para os leitores que se deliciam com relatos de aventura, esse é um grande presente. Para aqueles que gostam de história e curiosidades, estas páginas podem ser devoradas como um prato cheio de sabores. Isso porque o autor consegue juntar tudo isso. Eu RECOMENDO.





68) EM BUSCA DO MUNDO MAIA: DESVENDANDO O COLAPSO DE UMA CIVILIZAÇÃO - Airton Ortiz
O autor narra suas peripécias por uma das regiões mais selvagens do continente americano, fazendo uma analogia com a realidade atual, mostrando como o mundo moderno marcha pelo mesmo caminho que levou à decadência dos maias. INTERESSANTE.


69) CICLISMO: UM GIRO PELA EUROPA - Paulo Marcos S. C. Santos
Nove mil quilômetros de bicicleta percorridos de bicicleta. Uma aventura contada de forma leve e agradável que estimula o leitor a continuar lendo incessantemente. O livro foi publicado em 1988 e desta forma é possível imaginar que a tecnologia existente nos dias atuais não estava á disposição dos aventureiros. Eu RECOMENDO.



70) CAMINHOS DA GRANDE CORDILHEIRA: 15.OOO KM DE MOTO PELA REGIÃO MAIS AUSTRAL DO PLANETA. - Clodoaldo Turbay Braga
Este livro é um guia, uma reflexão e um convite. Para uma viagem ao fim do mundo. Quem se dispuser a ler este livro, sentirá um pouco das emoções que o autor sentiu, durante a viagem. Eu RECOMENDO.



71) MONTANHISMO: 13 CUMES DO BRASIL - Arlindo Zuchello
Este livro contém detalhes das montanhas mais altas do Brasil, bem como algumas informações e comentários sobre a atividade denominada montanhismo. INTERESSANTE.




72) DIÁRIO DO BORDO: MOTOCICLETA - Ricardo Miessa Barreto
Ciente das dificuldades e com o espírito de contribuir motociclistas, aliado a vontade de relatar a experiência de viagem, é que esta descrição se fundamenta. Eu RECOMENDO.




73) UMA MULHER, UM CAIAQUE E O OCEANO: DESAFIOS E TRAVESSIAS - Simone Miranda Duarte
Campeã brasileira de canoagem em 1992 e 1993, a autora relata todos os seus desafios, aventuras, surpresas, dificuldades e encantamentos com o esporte da canoagem. Eu RECOMENDO.



74) FINALMENTE, ANTÁRTICA - Adelino Araújo
Este livro é um relatório da viagem que o autor realizou até a Antártica, acrescentado de algumas informações colecionadas de personagens e histórias fantásticas de exploração, sobrevivências, heroísmos, tragédias e realizações, que envolveram aquela região. Eu RECOMENDO.




75) POR AÍ: UMA VENTURA SOLITÁRIA - Ronei B. Amandio
A aventura, no estilo mochileiro, é realizada de forma solitária e no seu decorrer é experimentada a sensação de liberdade misturada com o compromisso e a expectativa de se chegar ao destino final, com data prevista de retorno. Eu RECOMENDO.




terça-feira, 7 de setembro de 2021

PRÓXIMOS LIVROS

 

Estou com dois livros praticamente prontos; faltando apenas detalhes e dinheiro para publicá-los...





E já estou escrevendo novos textos, que deverão fazer parte de uma próxima publicação.






domingo, 29 de agosto de 2021

LIVRO PRONTO...

Tenho pronto este livro, cujo título é O SUCESSO AINDA NÃO VEIO. Na verdade, ele está pronto há mais de um ano, mas em função da pandemia/covid/restrições aos eventos e aglomerações, eu decidi deixá-lo em "stand by", ou seja, ele está esperando para ser publicado.



Por enquanto, é necessário esperar e no meu caso, esperar ansiosamente!




domingo, 22 de agosto de 2021

NOVO LIVRO EM 2022

Estou sem publicar um livro há uns três anos, porém, isso não significa que estou sem escrever. Durante este tempo eu estive envolvido com responsabilidades e compromissos pessoais  e familiares, que nem sempre foram felizes e repletos de bons momentos.  Na verdade, em 2019 e 2020, minha vida pessoal foi de um patamar de ruim para péssimo.

O ano de 2022 iniciou e com ele aconteceram mudanças significativas na minha vida. E a partir disso, a escrita voltou a fazer parte da minha rotina, além de ser um remédio para o coração, mente, espírito, alma.... Muitos foram os textos que criei e na maioria deles, eu desabafava os sentimentos e emoções ruins, que me machucavam. Concomitantemente, eu escrevi também, pensando e querendo voltar a sorrir e a ser feliz.

Desta forma, consegui produzir material suficiente para publicar um livro, com aproximadamente 80 páginas. Nele, eu coloco as minhas angústias, tristezas, dores, mágoas e retiro de dentro do coração, os sentimentos ruins que me atormentavam. Mas existem poemas que foram escritos para expressar que a esperança que tenho, em encontrar uma nova companheira. Acabei mesclando dor e esperança; porém existem poemas que eu destilo um pouco de veneno, debochando de algumas pessoas, cujos nomes foram substituídos por nomes fictícios.

Existem duas pessoas que tem os nomes neste livro, que são verdadeiros: minha filha Beatriz e a amiga Laura Flôres. 

Abaixo eu repasso os títulos dos poemas que estão no livro que será publicado, provavelmente no ano de 2022.

Escrevo Freneticamente; Beatriz; Bailarina; Betina; Dalila; Clausura; Desabafo; Caso Perdido; Caminhando; Viva a Fotografia; Volta Por Cima; Eu Acreditei; No Celular; Perdido; A Ponte; A Batalha; Vítima; Seguir em Frente; Pode Ser Você; A Praga; Você Fez Por Merecer; Você Mudou; Reencontro; Dondoca; Vou Escrever; Bancando o Idiota; Eu e Ela; Você me Beijou; Covarde; Instinto Animal; Beijo; Flor do meu Pecado; Beleza Completa; Adormeci Sorrindo; Leve o Tempo que for; Oito ou Oitenta; Felina; Felina (2); Teu Sorriso é Lindo; Cabelo Curto; Zero a Zero; Te Quero; Uma Noite Caliente; Grande Vazio


Acima está a capa provisória do livro, cujo título será: INDIRETAS SENTIMENTAIS.

A foto foi batida (por mim, utilizando o meu celular), quando eu estava passando por os dias tristes, quando escrevi os textos do livro. Creio que reflete bem o momento emocional que eu me encontrava. Mostrei esta imagem para algumas pessoas amigas e de acordo  com o Marcelo Fogaça, a imagem está um pouco austera.... Será?


sábado, 29 de maio de 2021

ENTREVISTA COM JOÃO CHIODINI (retirada da internet)

 

Página inicial 2016 novembro

João Chiodini, autor de Os Abraços Perdidos, fala sobre os temas do seu romance e dá dicas para novos escritores.

Redação Recorte Lírico 25 de novembro de 2016

0  Recorte Entrevista

O bate-papo desse Recorte Entrevista foi com João Chiodini, autor de “Os Abraços Perdidos”, pela Editora da Casa.


RL – Você escreveu um livro em 2005 que não chegou a ser publicado. Quanto evoluiu linguisticamente e em termos dos temas propostos?

Chiodini – Sim, em 2005 escrevi um primeiro romance. Ele não foi publicado por ser um livro muito frágil, com muitas falhas de estrutura, personagens e narrativa. Eu tinha uma grande quantidade de personagens e diversos conflitos que, na época, eu não soube lidar muito bem. Porém, me serviu de aprendizado. Na escrita de Os Abraços Perdidos, antes de ter a história em si, eu sabia que elementos eu queria utilizar e quais erros eu não poderia repetir (se for para ter erros, que sejam novos. Risos…). E falo isso com relação a tudo: tema, personagens… Em Os Abraços Perdidos, houve um grande cuidado em deixar a narrativa bem seca, sempre. Cuidar para não haver rodeios enquanto Pedro relatava sua história e trabalhar os fatos sempre em tom de confissão. De 2005 até 2015 acabei publicando livros em outros gêneros que, de certa forma, colaboraram com meu aprendizado e amadurecimento para encarar a ficção longa novamente.


RL – O principal tema do livro é a relação entre pai e filho. Qual a principal motivação para explorar esse relacionamento familiar?

Chiodini – Como disse, antes de ter a história em si, eu já imaginava os elementos que eu queria utilizar na construção do livro. Um exemplo: Sempre manter um número limitado de personagens nas cenas e diálogos. Criar um protagonista e um antagonista que tivessem relações que não fossem lineares, onde pudesse colocar afeto e rejeição (vamos chamar assim) em cenas muito próximas umas das outras. Por fim, cheguei à relação de pai e filho, um tipo de situação que se encaixa muito bem nesses parâmetros e, além disso, sempre disso que ninguém passa imune por uma relação de pais e filhos. Em algum momento, por menor que este seja, o leitor vai, inevitavelmente, se colocar na história, no lugar de algum dos personagens. Talvez por semelhança, identificação, talvez por testemunhar um choque com a sua própria realidade.


RL – Falando um pouco sobre mercado editorial, qual a maior dificuldade para publicar no Brasil, principalmente atravessando um momento de recessão financeira, e quais dicas você deixa para os novos autores?

Chiodini – Não existe dificuldade para publicar. Hoje, a Amazon, pequenas editoras e impressão sob demanda possibilitam que qualquer pessoa transforme-se, do dia para a noite, em escritor. Arrisco a dizer que o cidadão não precisa nem saber escrever. Se for analfabeto, faz um monte de linhas num livro e vende o novo Jardim Secreto. Vai ser um autor de livro anti-stress. O Osho da Faber Castell. Ou, se for um Youtuber qualquer, com um tanto de seguidores, pede para alguém assistir seus vídeos e transcrever suas frases de maior impacto. Faz um livro de citações de Youtube. Essa facilidade toda cria uma oferta absurda de livros, para um país que não é leitor. Desse jeito, o João, o José e a Maria, que escrevem contos, poemas e romances, ficam perdidos no meio desse mar de livros e vão afundando, afundando, afundando.

E aqui eu começo a minha resposta para a sua pergunta, falando para o João, o José e para a Maria. Essas pessoas que, por alguma razão qualquer, querem/precisam escrever. E, tem uma coisa, depois que o João, o José e a Maria colocaram na cabeça que vão escrever, podemos falar qualquer coisa, isso não vai mudar a atitude deles. Eles não irão deixar de tentar. Então, vamos lá:

Dificuldade 1: Editora. No Brasil, João/José/Maria, como vocês devem saber, poucas são as editoras grandes, que investem em autores e fazem a chamada “compra de direitos autorais para publicação”. São muitos os escritores e poucos os leitores, e as editoras precisam faturar. “Ah, mas meu livro é muito bom. Sou um grande escritor.” Pode ser, João/José/Maria, mas acontece que demanda muito tempo ler um original e chegar a essa conclusão. Por isso, geralmente, o caminho é começar pelas pequenas editoras. Criar um público inicial e ser introduzido no mercado editorial, mas, não se iluda, geralmente isso acontece com vendas tímidas. Existem diversas editoras pequenas com projetos editoriais legais espalhadas pelo Brasil, com vários modelos de negócios que poderão ajudar nessa sua caminhada. Por mais fácil que seja a autopublicação, sempre aconselho um novo autor a buscar uma editora. Por menor que seja ela, vai dar um pouquinho mais de credibilidade para seu trabalho e auxiliar na sua publicação.

Dificuldade 2: Leitores. O universo de leitores é dividido em segmentos, de acordo com o gosto de cada um. Quem gosta de livro sobre a Segunda Guerra, vai sempre buscar aquele tipo de leitura antes de todas as outras… Biografia, história, empresariais, autoajuda, suspense, policiais… E por aí vai. Você precisa entender quem são os seus leitores e conhecer o universo que ele está inserido. Se você escrever poesia, seu público inicial pode ser formado por: outros poetas (15%) + pessoas que leem poesia (5%) + não leitores (80%). A quantidade depende de seu círculo de influência. Vamos supor que você fez um lançamento com 100 livros. Muito provavelmente, a sua venda será esta: 15 livros pros poetas da sua cidade. 5 para leitores gerais da livraria (super otimista esse número para poesia) e 80 para não leitores. Aqui, veja bem, considero não leitores os parentes, amigos e conhecidos do autor. Pessoas que ele arrastou para a livraria, que insistiu, que fez chantagem e que, no final das contas, foi a parcela que mais comprou e que, talvez, não leia o livro. E se você fosse a Kéfera? Ah, aí essa proporção aumentaria, mas a fórmula é mais ou menos a mesma: outros youtubers (15%) + pessoas que leem esse tipo de livro (5%) + não leitores (fãs da Kéfera, seguidores, conhecidos, sósias, crushs) (80%). Entende? A Kéfera não se tornou um best-seller por que todos os leitores do Brasil deixaram de comprar o João/José/Maria e sim por que ela tem uma capacidade gigantesca em atingir não leitores. [Considero não leitores pessoas que não compram livro regularmente e o fazem por um motivo específico. Exemplo: Lançamento do livro do filho.]

Ou seja, não adianta brigar pela falta de leitores. Cada um precisa achar uma maneira própria de atingir uma parcela (a maior possível de não leitores). E, se você for capaz de criar uma boa parcela de não leitores, você até pode ser interessante para as grandes editoras.

Dificuldade 3: Meio de comunicação efetiva. No intervalo da novela da Globo, não vemos propaganda de livros. Livros são “anunciados” em revistas de literatura, blog (de literatura), redes sociais (que nos círculos dos escritores e editoras só tem escritores e editoras e alguns poucos leitores) e canais de Youtube que falam sobre livro. “Literalmente”, uma bolha literária. Nesse meio, um jovem escritor até consegue espaço para falar de sua obra, pagando ou de graça mesmo, mas são tantos livros citados e ofertados que, nem com toda boa vontade do mundo, o “leitor perfeito”, que gosta de ler autores estreantes como o João/José/Maria, consegue ler todo mundo. É muito livro e falta grana para comprar todos os livros que lhe parecem interessantes. Basta assistir um Book Haul de algum Booktuber para ver a quantidade de livro por semana que chega. Acho que o caminho é, justamente, achar uma forma de comunicar e cativar pessoas de fora da bolha, que não recebem ofertas de livros o tempo inteiro. Aqui, tentar cativar e criar novos leitores não é apenas uma ideologia bonita de escritor. É malandragem para sobreviver, para vender um a mais. No meu caso, numa história de um pai alcoólatra, talvez valesse tentar um panfleto para frequentadores de AA: “Até onde o álcool pode destruir sua relação com seus filhos? Leia Os Abraços Perdidos.” Vai que funciona uma coisa dessas? Além de todos os canais do segmento, o novo autor deve tentar os canais de não literatura que esteja relacionado com o tema/assunto do livro. Sim, eu sei que muitos escritores irão dizer que é pedantismo, panfletagem e tal, mas a literatura não pode ser uma arte de terno e gravata. Não pode ser uma arte de gabinete, de cátedra. Ela tem que ir, sim, para a rua e atingir os inatingíveis. Quer um ato de rebeldia maior do que fazer um panfletinho rosinha com sapatinhos de bebê e vender para mamães um livro que conte a história de uma clínica clandestina de abortos? Enquanto os seus 80% de Não Leitores não falarem de você por aí, você terá que fazer por si mesmo.

Conselho 1: Ninguém vai roubar sua obra: Recebo muitos e-mails de novos autores com pedidos de ajuda para publicar, porém, muitos têm medo de mostrar seu livro para terceiros lerem e opinarem sem, primeiro, registrarem a obra. Não tenha medo de mostrar o original para outras pessoas. Dificilmente irá acontecer de alguém roubá-la de você. É bem mais provável que seu livro fique na gaveta do sujeito e nunca seja lido.

Conselho 2: Opiniões não podem formar inimigos. Outro ponto do jovem escritor é achar que, quando um editor ou leitor crítico faz apontamentos em seu texto, que este quer menosprezá-lo, ou mudar seu trabalho. Tem que aprender a aceitar sugestões e ouvir os conselhos dos mais experientes. Aqui, um ponto muito, muitíssimo importante: você pode dar seu original para qualquer pessoa ler, porém, para uma leitura crítica, busque a opinião de editores ou leitores regulares, pessoas que estão habituadas a ler. É muito comum ver um jovem escritor solicitando leitura do primo ou amigo, que sugere coisas, alterações e, no entanto, aquele foi o primeiro livro lido pelo primo ou amigo. Toda opinião é válida. Mas, leve (realmente) em consideração as colocações de quem entende do assunto.

Conselho 3: Cabeça dura, sempre. Muitas vezes será frustrante, desanimador, revoltante. Mas, nunca deixe de escrever. Tente evoluir a cada livro e continue, ano após ano. O tempo é uma grande peneira. Quem persiste e continua fazendo um trabalho sério vai acabar conquistando um espaço. Você deixa de ser um aventureiro e passa a ser alguém que tenta construir um diálogo com a literatura, de alguma forma.

 

Fonte: https://recortelirico.com.br/2016/11/joao-chiodini-autor-de-os-abracos-perdidos-fala-sobre-os-temas-do-seu-romance-e-da-dicas-para-novos-escritores/

segunda-feira, 24 de maio de 2021

ENTREVISTA COM MINHA EX PROFESSORA CLARMI RÉGIS


Em 1985 fui aluno do Colégio de Aplicação, na cidade Florianópolis. Tive bons colegas e excelentes professores. Embora eu fosse um aluno desinteressado e malandro, no que diz respeito aos estudos, eu tinha respeito pelos professores, ainda que muitas vezes eu conversasse bastante. Nunca fui de responder ou bater boca com qualquer professor. Dentre os docentes da época, lembro-me dos seguintes nomes: Clarmi (Português), Herta (Biologia), Jandira (Filosofia), Junior Biava (Física), Cuneo (Química Orgânica), Naoraldo (Matemática), Carmem (História), Elisabete (Inglês), Toninho (Educação Física)... sei que esqueci de alguém e peço desculpas por esta falha... Foi um ano de aprendizado e de amizade. Muitos anos depois reencontrei alguns professores pelas estradas da vida, por acaso... Depois de muitos anos eu fui trabalhar no Colégio Catarinense e conheci muitos alunos. Um dia, ao ler o nome completo de um deles, notei um sobrenome que era familiar e ao questionar o aluno sobre o parentesco com uma pessoa, a resposta foi afirmativa: "É minha mãe". Em seguida eu contei para ele que tinha sido aluno dela e lembrava muito bem da minha ex-professor. Passado mais alguns anos, quando comecei a me interessar pela escrita, eu descobri, pesquisando na internet, sobre autores catarinenses, que aquela minha ex-professora havia publicado um livro e assim, fiz contato com ela, via Facebook. A partir desse contato, eu fiz umas perguntas para ela, que abaixo coloco à disposição de vocês.

1) No seu blog (blogpalavra.com.br), a senhora diz que: “é uma pessoa apaixonada pela língua portuguesa, pela riqueza de seu vocabulário, pela musicalidade com que soam suas palavras, pela interação que possibilita a povos de distantes territórios, pela harmonia em sua sintaxe”. Como essa paixão pela língua portuguesa teve início? Foi no colégio, na universidade, em casa? Comente...

R.: Renato, acho que fui beneficiada pela família em que cresci e pelo momento em que frequentei meus anos básicos de escolaridade. Em minha casa, lia-se muito: meu pai era daqueles senhores que liam jornais, comentavam os fatos políticos, acompanhavam os acontecimentos (Imagine que ele tinha guardados os mapas do avanço dos aliados durante a Segunda Guerra Mundial publicados pela Revista O Cruzeiro!). Minha mãe, embora até os dez anos só falasse alemão, mantinha sua biblioteca em casa e a dividia conosco. Antes dos catorze anos, eu já tinha lido, entre outros, todos os de José de Alencar, Hemingway, os três primeiros volumes de Tarzan dos macacos, de Edgar Rice Burroughs, e até mesmo autores tidos então como perigosos, como Júlio Ribeiro. Eu tinha uma prima, já professora, que narrava com detalhes todos os livros que lia, uma maravilha!

Além disso, sou da geração de O Tico-tico (uma publicação mensal dirigida às crianças): ali se aprendiam jogos, fatos históricos, cantos, lendas; despertava-se para leituras mais complicadas. Na adolescência, lia-se também o Reader’s Digest.

 

2) De acordo com a primeira pergunta, dê um exemplo de musicalidade com que as palavras soam...

R.: Nessa afirmativa vai um pouco de brasilidade: existe algo mais doce e musical do que o Português falado no Brasil? Nossos múltiplos sotaques, que parecem canções? Fico encantada ouvindo os irmãos nordestinos, também os mineiros, os paulistas, os gaúchos... E o nosso manezinho? Onde encontar música mais agradável aos ouvidos?!

 

3) A senhora foi minha professora de português, no ano de 1985, no Colégio de Aplicação – UFSC. Lembro-me de um exercício, de um exemplo, quando fizemos uma leitura e análise da letra da música “Língua”, escrita por Caetano Veloso. Guardo ainda, algumas explicações sobre o conteúdo e seus detalhes. Por exemplo: “Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luis de Camões”; “Gosto de ser e de estar”. Se não me engano e se aprendi direito, o que a senhora ensinou, esses dois trechos fazem referência aos idiomas português e inglês. O verbo to be, que pode ser e estar e que na língua portuguesa utilizamos dois verbos/palavras, pois são duas ações diferentes... Sendo um crítica ao excesso de palavras e expressões da língua inglesa, quando deveríamos nos aproximar mais do português que se origina de Portugal. É isso mesmo?

R.: Sim. Naquela música, Caetano apresenta uma homenagem à Língua Portuguesa, de certa forma, advogando o respeito a suas formas, seja na valorização de sua origem “roçar a língua de Luís de Camões”, seja nas especificidades que a enriquecem “ser e estar” (a maioria dos idiomas tem apenas uma forma para designar o que é permanente e o que é transitório). Não sei o que ele pensaria hoje. Às vezes Caetano me causa espanto.

 

4) Ainda no seu blog, assim está escrito: “Também escrevo, um pouco, nas horas vagas”. Sobre o que a senhora mais gosta de escrever? Contos, poemas, crônicas, artigos científicos?

R.: Não sei trabalhar a poesia! Já desisti.

Escrever crônicas é o mais divertido: surge como um olhar desesperançado sobre o ser humano, mas com um viés bem-humorado, uma certa condescendência, um certo riso.

Os contos se impõem como uma necessidade de dizer, uma percepção que grita, mas se esconde atrás das palavras, atrás de uma história.

Os textos técnicos surgem como uma exigência do trabalho. Procuro usá-los como forma de comunicação com meus alunos. Não têm ambição maior.

 

5) Penso que a escrita e a leitura estão ligadas direta e fortemente, mas geralmente, cada pessoa tem uma preferência. A senhora prefere ler ou escrever? Justifique...

R.: Ler. Ler me alimenta, é quase uma justificativa para continuar. A curiosidade sempre chama para novas leituras. Nos últimos anos, tentando entender o ser humano, tenho escolhido leituras que me permitam acompanhar a trajetória humana.

 

6) Conte para nós sobre o seu livro, Sombras e Silhuetas.

a) Em que ano ele foi publicado?

b) Do que se trata?

c) A publicação foi por conta própria ou foi financiada de outra forma?

d) Quantos exemplares foram publicados?

e) O livro vendeu bem?

R.: Sombras e silhuetas é resultado de uma série de coincidências felizes. Eu estava num daqueles períodos de observação intensa, em que tudo parece virar texto. Reuni um punhado de relatos sobre momentos vividos por mulheres em seu cotidiano e levei para Eglê Malheiros, esposa do escritor Salim Miguel, ela também escritora, ler e avaliar. Ela me incentivou (acredito que, se ela me tivesse desencorajado, eu jamais escreveria uma linha sequer). Talvez eu nunca possa dizer a ela (que hoje mora em Brasília) o quanto seu olhar acolhedor e sua fala tranquila representaram para mim naquele momento.

Também a Editora da UFSC, sob a direção do professor Alcides Buss, oferecia a seus leitores a Coleção Ipsis Litteris, voltada para a poesia, o conto e o romance. Aprovada minha proposta pelo Conselho Editorial, Sombras e silhuetas foi publicado em 1998, numa edição de setecentos exemplares. Sendo uma publicação da EDUFSC, não tive despesas. Não sei dizer se deu algum lucro à Universidade. Hoje só pode ser encontrado em sebos. Preciso pensar em editá-lo novamente.

 

7) No seu blog é possível encontrar dicas de como escrever melhor. Na sua opinião, a maioria dos brasileiros escreve bem ou não? Justifique...

R.: Aprender a escrever é um processo. Algumas profissões exigem essa habilidade. Tenho percebido um crescente abandono no cuidado com a Língua, tanto falada quanto escrita, entre os brasileiros. Na verdade, é um abandono autorizado. Não sei o que se pretende, já que a manutenção da Língua é uma das garantias da sobrevivência de um povo.

 

8) Ser professora é uma vocação, mas também é um desafio. Quais os aspectos e/ou fatores que tornam a arte de ensinar prazerosa e ao mesmo tempo, desafiadora?

R.: Ensinar é sempre um desafio. Ligado ao profissional, está o ser humano, com seus erros e acertos, seus medos, suas inseguranças. Fundamental é acreditar, estabelecer cumplicidade, ter claros os objetivos do trabalho.

Se eu pudesse voltar ao passado, a única coisa que faria diferente seriam as vezes em que perdi a paciência. Foram poucas, e me lembro de cada uma.

Agradecer, agradeceria sempre, por cada vida que se somou à minha, que me deu oportunidade para crescer e aprender.

Para que você acredite em como é funda essa parceria, vou relatar um fato. Teve um período em que minha saúde ficou muito prejudicada e precisei fazer várias cirurgias. Isso mexia muito comigo, me deixava receosa. Numa dessas cirurgias, voltando da anestesia, na sala de recuperação, senti alguém sentado a meu lado, segurando minha mão, e uma voz que me dizia “Eu estou aqui, professora. Está tudo bem. Eu estou aqui”. Quem era? Não importa: era meu aluno. Sim, estava tudo bem.

 

 

9) Quais os problemas mais comuns na docência? É o excesso de aulas a preparar e provas a corrigir? É a falta de interesse dos alunos? É a remuneração baixa?

R.: Para mim, o mais difícil sempre foram as avaliações. Gostaria de ensinar sem avaliar.

No que se relaciona à atividade do magistério, somam-se vários problemas: desvalorização do conhecimento e, consequentemente, do professor; descaso com a educação; abandono das escolas a ponto de se tornarem sucateadas; distanciamento entre os objetivos dos planos de ensino e a realidade da população. São tantas coisas. É preciso um olhar atencioso para o assunto.

 

10) “Se você acha que a educação é cara, experimente a ignorância”, Esta frase é atribuída a Robert Orben. O que a senhora pode comentar sobre ela?

R.: Não há o que discutir: o conhecimento nos torna melhores, mais capazes, mais irmãos. Qualquer povo que apostar na ignorância fica condenado a se destruir.

 

11) Hoje, eu penso que as escolas deveriam ter mais aulas de português, de redação, de oratória... Existem muitas disciplinas que ensinam coisas que a maioria dos alunos não utilizam durante a vida, principalmente química, física, matemática (eu nunca utilizei o que aprendi sobre logaritmo)...

A escola, como espaço de ensino-aprendizagem, ao meu ver, erra de forma grave, na construção da grade curricular e nas ementas. Esta é a minha opinião. A senhora concorda, discorda, enfim, qual a sua opinião?

R.: Minha mãe dizia: “Saber não ocupa lugar”. Fiel a esse raciocínio, penso que tudo o que aprendemos nos aprimora. Pode não ter uso prático na carreira que escolhemos, mas desenvolve o raciocínio, a capacidade de observação, de dedução, de associação. Somos a soma de tudo o que lemos e aprendemos.

 

12) Rubem Alves afirmou: “Escrever e ler são formas de fazer amor. O escritor não escreve com intenções didático-pedagógicas. Ele escreve para produzir prazer. Para fazer amor. Escrever e ler são formas de fazer amor. É por isso que os amores pobres em literatura ou são de vida curta ou são de vida longa e tediosa”. Peço que comente essas palavras...

R.: A leitura só frui se for prazerosa. Ler por obrigação tem outro significado, se bem que possa ser necessária. Escrever é uma forma de comunicar. É um encontro com o outro; um diálogo.

 

13) Um livro que lhe marcou positivamente? E por quais motivos este livro foi marcante?

R.: Os Buddenbrook, de Thomas Mann. Eu já lera E o Vento Levou, de Margaret Mitchell, em minha adolescência, e, ao acompanhar a decadência dos Buddenbrook, despertou em mim a consciência das grandes mudanças que os povos e as sociedades sofrem com o advento de novos valores, novos costumes, grandes tragédias. Passei a olhar a história dos indivíduos de uma forma mais abrangente, imbricada na história da humanidade. Também fiquei mais exigente em minhas leituras.

 

 

14) Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro. Essas palavras são de Henry David Thoreau. Indique um bom livro para quem deseja se aventurar no hábito da leitura, independente do gênero...

R.: Meu conselho é: “Leia, leia sempre. Jornal, face, whatsApp, instagram, letra de música. Leia. Você vai encontrar o assunto que lhe agrada, a história que vai transportá-lo para o mundo das descobertas”. Há muito a humanidade deixou de ser uma sociedade ágrafa. Dizer que não gostamos de ler é pura ilusão: lemos o tempo inteiro.

 

15) A língua portuguesa é o idioma oficial em diferentes países, porém, muitas vezes, existem diferenças na forma de escrever e no significado. Essas diferenças podem ser consideradas normais? Explique...

R.: A Língua é um organismo vivo, sofrendo permanentes transformações no tempo e no espaço. Isso é absolutamente normal. Os regionalismos, aqui mesmo, tornam a Língua mais pitoresca.

Mas existe uma linguagem oficial, comum a todos os países que falam Português, mantida de comum acordo. Qualquer alteração exige uma discussão com representantes de todos os países do grupo. Aprovada a alteração por essa comissão, ela é levada ao Congresso de cada um dos países para nova discussão e posterior aprovação. Se não houver consenso, nada se altera. Não é porque um grupo qualquer resolve mudar a Língua que isso será feito.

Já o linguajar adotado por diferentes “tribos” é enriquecedor.

 

16) Portugal tem dentre os escritores famosos: Fernando Pessoa, Eça de Queiroz, Luis de Camões, José Saramargo, etc.

No Brasil temos: José de Alencar, Monteiro Lobato, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Machado de Assis, Clarice Lispector Graciliano Ramos, Mario Quintana.

Santa Catarina possui Cruz e Souza, Lausimar Laus, Flávio José Cardoso, Silveira de Souza, Urda Klueger, Virgílio Várzea, Antonieta de Barros entre outros nomes. Com tantas referências e exemplos, por quais motivos, boa parte das pessoas tem medo de escrever?

R.: Exatamente por isso. Se admiro muito a excelência, tenho medo de me expressar. É preciso primeiro vencer a barreira.

 

17) Já que estou conversando com uma professora de português, eu aproveito para confessar a minha dificuldade com o uso da crase. Como faço para entender a regra e não errar mais nessa questão? A senhora tem algum macete ou dica para me auxiliar?

R.: Renato, é muito simples, desde que você se atenha ao significado da crase. Crase é fusão de preposição com artigo (a+a) ou de preposição com o a dos pronomes aquele, aquela, aquilo (a+aquele, etc.). Quando e por que acontece?

Temos situações em que um termo solicita um complemento. Veja:

        Confio em você.

        Tenho confiança em você.

        Ele está confiante em encontrar um emprego.

Note que confio, confiança e confiante são acompanhados da preposição em.

Observe as orações:

        Ele tem confiança na vida. Aqui empregamos a preposição em contraída ao artigo a = na

        Ele sempre contou com a ajuda da família. Aqui, a preposição com seguida do artigo a

 

O mesmo acontece quando um termo for regido pela preposição a:

Gilberto ficou a esperar.

Gilberto ficou a a (à) espera de Maria.

Dedicou sua obra a a (à) pessoa mais importante de sua vida.

O que chama a atenção é seu amor a a (à) vida.

 

Você já deve ter percebido que só se dá a crase em complementos (objeto direto preposicionado; objeto indireto; complemento nominal) ou em adjuntos (que informam uma circunstância): à vontade, às turras, às cegas e são formados com a+a (as); na entrada= à entrada, na proporção em que= à proporção que. Neles sempre se encontra a fusão da preposição a com o artigo a.

Aquelas dicas todas que a gente aprende são decorrentes dessa norma. Basta entender a relação de complementação.

 

18) Na imprensa brasileira, a senhora consegue perceber, notar erros de português com frequência? Se sim, quais os erros mais comuns, seja nos jornais impressos, televisão, rádio, revistas...?

R.: Erros gravíssimos: abandonaram totalmente as preposições e conjunções; desconhecem as concordâncias, as formas do subjuntivo; não distinguem sequer mal de mau.

Dizem que os textos são elaborados por estagiários sob supervisão. Supervisão de quem? Os jornalistas devem ter abandonado seus estagiários ou já não interessa prezar pela língua portuguesa. Esse descuido se encontra em toda a imprensa escrita, tradicional ou virtual.

 

19) O Brasil por ser um país territorialmente imenso, possui muitos regionalismos, na fala e também na escrita. Essa característica é benéfica ou atrapalha na hora de aprender e de estudar o nosso idioma?

R.: Essa característica nos torna múltiplos e unos a um só tempo. É natural que assim seja.

 

20) A internet, mesmo sendo uma ferramenta incrível, parece que ela atrapalha a atual geração, a desenvolver o raciocínio para escrever bem, assim como está diminuindo o vocabulário das pessoas. A senhora concorda ou discorda com esta afirmação? Justifique...

R.: A internet é um incrível meio de aproximação. Para o bem e para o mal. Basta saber usá-la. O que acontece é que a facilidade que oferece nem sempre é aproveitada.

Com relação à atual geração, essa garotada irá muito mais longe do que supomos. Se lhe for oferecida a Escola de que precisa, a orientação necessária e liberdade para a descoberta, poderemos acreditar no futuro.

 

21) A senhora tem intenção de publicar outro livro? Se sim, o que ele abordará e o que falta para que ele fique pronto?

R.: Tenho participado de algumas publicações coletivas. Também aproveitei a reclusão forçada e escrevi, com minha prima Maria Ester, uma narrativa sobre nossos antepassados germânicos. Foi um mergulho interessante.

Meus irmãos têm pedido que eu escreva algo sobre nosso pai. Talvez... Se eu conseguir levantar os dados necessários.

É claro que esses escritos são destinados à família apenas.

No momento, estou transformando o material que publiquei no blog em um livro sobre redação.

Estou pensando também em reunir algumas dezenas de crônicas já escritas.

Por que a crônica?

Li há algum tempo a declaração de um escritor que afirma que, ao envelhecer, ficamos debochados. Acho que é isto: a crônica permite, talvez não o deboche, mas a ironia que a vida desperta.


CASA DA LITERATURA CATARINENSE

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