sábado, 6 de junho de 2020

DICAS PARA ESCREVER - STEPHEN KING

Nada melhor para aprender a escrever bem do que ouvir as dicas de grandes autores, não é mesmo? Então, prepare-se. Separamos algumas das melhores sugestões de Stephen King, renomado autor americano que já publicou mais de 50 livros e vendeu mais de 350 milhões de cópias.




1.     Desligue a TV e vá ler um livro

Se você costumava assistir MTV, já deve ter ouvido essa propaganda algumas vezes. Pois é, vale como um conselho para todos nós, mas é particularmente útil para um escritor. Segundo Stephen King, a televisão é como um veneno para a criatividade, e a cura para esse veneno é a leitura constante.

Carregue um livro com você para aonde quer que vá (ainda bem que existem os ebooks, não é mesmo?). Leia antes de dormir, no transporte, no intervalo do trabalho, até enquanto come. E com essa leitura, pense criticamente, inspire-se e escreva muito também.

2.     Desconecte-se de tudo quando for escrever

Além de desligar a TV, você também deve desligar o celular, desconectar-se das redes sociais e de basicamente qualquer distração que possa atrapalhar seu processo criativo. Até mesmo uma janela aberta pode atrapalhar.

Segundo Stephen King, você deve escrever com a porta fechada e reescrever com a porta aberta. A escrita é um trabalho que exige total privacidade. O ato de escrever o primeiro rascunho deve ser puro e íntimo, como se a própria história estivesse se despindo na sua frente. Ou seja… feche essa porta e não deixe ninguém entrar!

3.     Não tente agradar os outros, mas a si mesmo

Para ser um bom escritor, você deve ser verdadeiro consigo mesmo. De acordo com Stephen King, isso envolve deixar de lado certas convenções sociais enquanto você escreve livros. Como consequência, é provável que você receba algumas críticas negativas em relação ao conteúdo dos seus livros. O próprio Stephen King já foi considerado até mesmo um psicopata por leitores insatisfeitos.

Depois de um tempo, ele percebeu que essas críticas eram inevitáveis e as aceitou. O conselho dele é simples: deixe suas preocupações para trás e, se alguém reclamar do que você escreveu, apenas deixe para lá.

O propósito da escrita, segundo Stephen King, é trazer felicidade e satisfação ao escritor. E é por esse motivo que King escreve, e é por isso que ele conseguiu escrever tantos livros por tantos anos.

4.     Escreva sobre aquilo que é difícil de falar em voz alta

Tudo o que realmente importa é difícil de ser dito em voz alta. São assuntos que deixam você envergonhado. É como se as palavras não fossem o suficiente. (Ou pelo menos é assim que Stephen King pensa).

Sob a perspectiva de Stephen King, a escrita é como um pensamento polido. E as melhoras obras da escrita abordam assuntos que exigem horas e horas de reflexão.

Ao escrever, você deve enxergar sua história como uma relíquia arqueológica, que precisa ser encontrada, escavada e interpretada. Cave as profundezas da sua mente, revire assuntos difíceis e você escreverá uma história memorável.

5.     Não seja pretensioso na sua escolha de palavras

Escrever e publicar livro sobre assuntos e temas difíceis não significa que você precisa usar palavras difíceis. Na verdade, isso apenas atrapalha a compreensão do leitor. Para Stephen King, essa é uma das piores atrocidades que um escritor pode cometer. E é basicamente brega.

Em nosso artigo Menos é mais: aprenda a reduzir seu texto ao necessário, nós ensinamos que tipo de palavras você deve evitar e como você pode se comunicar com o leitor de maneira simples e direta.

6.     Evite advérbios e escreva parágrafos curtos

Os advérbios podem parecer seus amigos, mas não são. Inclusive, Stephen King afirma que “a estrada para o inferno é pavimentada com advérbios”. Pesado, mas faz sentido. A maioria das vezes que um autor usa advérbios em textos narrativos, ele poderia ter transmitido a ideia com apenas um verbo ou adjetivo. Por exemplo, em vez de dizer “muito assustador”, você pode dizer “aterrorizante”.

É bom também prestar atenção no tamanho dos seus parágrafos, pois eles definem o ritmo da história e tem um papel crucial na fluência do texto. Afinal, parágrafos muito longos costumam desanimar os leitores. Segundo Stephen King, a estética dos parágrafos é quase tão importante quanto o seu conteúdo.

7.     Não dê tanta importância para a gramática

De acordo com Stephen King, a escrita se trata de sedução, não precisão. O objetivo de uma história de ficção é envolver o leitor e contar uma história, e isso não tem nada a ver com gramática.

Embora seja importante seguir a norma culta até certo nível, existem diversas estruturas gramaticais que são usadas popularmente. Às vezes, escrever “certo” significa escrever de um jeito que não vai agradar os leitores. O objetivo de uma narrativa é ser tão fluida que o leitor vai se esquecer que está lendo um livro.

8.     Não dê informações demais

Existe uma diferença entre dar uma aula sobre os assuntos que seu livro aborda e usar esse conhecimento para enriquecer sua narrativa. Segundo Stephen King, você só deve mencionar as informações que contribuem para o desenvolvimento do enredo e o engajamento do leitor.

É importante pesquisar antes de escrever um livro, mas essa pesquisa não deve ofuscar a história. Os detalhes que você aprendeu devem ficar lá no fundo, tão apagados quanto possível. Sim, é normal ficar fascinado quando você estuda um assunto, mas o que realmente interessa os leitores é a sua história. Se eles quisessem informações, eles leriam não ficção.

9.     Não tente copiar a voz de outro autor

Imitar o estilo de outro autor pode até ser uma boa técnica para treinar a escrita, mas não deve ir além disso. Quando você for escrever e publicar ebook, é hora de se levar a sério e usar a própria voz. Só assim você terá uma identidade única.

Lembre-se que não é possível reproduzir de maneira idêntica a vivência de outra pessoa. Portanto, você também não pode replicar sua voz e identidade. Faça isso e você será nada mais do que uma imitação barata, sem personalidade.

10.Escreva histórias autênticas

Não, isso não significa que você tem que escrever apenas sobre fatos reais, mas que suas histórias devem ser sinceras, verossímeis e reproduzir a verdade.

Segundo Stephen King, os livros ruins costuma ser escritos por autores que se recusam a contar histórias sobre personagens autênticas, que agem como pessoas de verdade. Por exemplo, um assassino pode ajudar uma velhinha a atravessar a rua.

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