O autor americano, conhecido pelos poemas e contos macabros, valorizava muito a “unidade” da obra.
Isto é, para ele, era importante que seus trabalhos pudessem ser lidos de uma só vez e que tivessem um tom e conceito consistentes. Para isso, ele considerava essencial saber o final da história antes de começar a escrever.
Segundo ele, “todo enredo digno deve ser elaborado até o desfecho antes de se tentar fazer qualquer coisa com a caneta”. Ninguém é obrigado a seguir essa dica, mas existem muitas vantagens nesse estilo de escrita.
O gênero em que Poe escrevia, mistério e terror, se beneficiam muito dessa perspectiva. Nas palavras de Poe, sempre levar o final em consideração contribui para que o enredo tenha um “ar indispensável de consequência”.
Desde às tragédias gregas, nas quais o herói tem um destino inevitável, até o desenvolvimento de um senso de responsabilidade do protagonista, sempre existiu algo que movia a história até o final. Um enredo bem trabalhado mostra esse caminho de maneira que faça sentido.
Uma estratégia muito associada a essa noção é o foreshadowing, em português, “prenúncio”. São indícios deixados ao longo da obra que indicam possíveis desfechos. A ideia não é estragar o final, mas permitir que leitores ávidos percebam determinados sinais que explicam mais sobre a obra do que o óbvio.
Muitas vezes os sinais do foreshadowing só são percebidos ao se reler a obra e podem render excelentes discussões entre leitores que ainda não concluíram o livro ou série.
FONTE: https://bibliomundi.com/blog/dicas-de-grandes-autores-para-iniciantes/
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