Por eu ter citado a
bíblia em outra postagem, julguei ser necessário trazer mais informações sobre
este livro. Depois de algumas pesquisas na internet, encontrei uma que julgo
conter informações relevantes.
A seguir coloco o que eu encontrei e também o link, como costumo fazer, quando eu retiro as informações da internet.
https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/historia-da-biblia/
História da Bíblia
A Bíblia – o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo – desde as suas origens, foi considerada sagrada e de grande importância. E, como tal, deveria ser conhecida e compreendida por toda a humanidade. A necessidade de difundir seus ensinamentos, através dos tempos e entre os mais variados povos, resultou em inúmeras traduções para os mais variados idiomas. Hoje é possível encontrar a Bíblia, completa ou em porções, em mais de 2.527 línguas diferentes (levantamento de dez/2010).
Os Originais
Os originais da
Bíblia são a base para a elaboração de uma tradução confiável das Escrituras.
Porém, não existe nenhuma versão original de manuscrito da Bíblia, mas sim
cópias de cópias. Todos os autógrafos, isto é, os livros originais, como foram
escritos por seus autores, se perderam. As traduções confiáveis das Escrituras
Sagradas baseiam-se nas melhores e mais antigas cópias que existem e que foram
encontradas graças às descobertas arqueológicas.
Grego, hebraico e aramaico. Esses foram os idiomas utilizados para escrever os originais das Escrituras Sagradas.
Antigo Testamento
A maior parte foi escrita em hebraico e alguns textos em aramaico.
Novo Testamento
Foi escrito
originalmente em grego, que era a língua mais utilizada na época.
Para a tradução do Antigo Testamento, a SBB utiliza a Bíblia Stuttgartensia, publicada pela Sociedade Bíblica Alemã. Já para o Novo Testamento, é utilizado The Greek New Testament, editado pelas Sociedades Bíblicas Unidas. Essas são as melhores edições dos textos hebraicos e gregos que existem hoje, disponíveis para tradutores.
Antigo Testamento Hebraico
Muitos séculos antes
de Cristo, os escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu
mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Esses
registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso,
foram copiados muitas vezes, e passados de geração em geração.
Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções conhecidas por:
A Lei
Composta pelos livros de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Os Profetas
Incluíam os livros de Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis.
As Escrituras
Reuniam o grande
livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de Salomão,
Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas.
Esses três grandes
conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do
Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C.
Os livros do Antigo
Testamento foram escritos em longos pergaminhos confeccionados em pele de cabra
e copiados cuidadosamente pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros era
escrito em um pergaminho separado, embora A Lei frequentemente fosse copiada em
dois grandes pergaminhos. O texto era escrito em hebraico – da direita para a
esquerda – e, apenas alguns capítulos, em dialeto aramaico.
Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito durante o século II a.C. e se assemelha muito ao pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto.
Novo Testamento Grego
Os primeiros
manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas das cartas do
Apóstolo Paulo, destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos povoados
que acreditavam no Evangelho por ele pregado. A formação desses grupos marca o
início da igreja cristã.
As cartas de Paulo
eram recebidas e preservadas com todo o cuidado. Não tardou para que esses
manuscritos fossem solicitados por outras pessoas. Dessa forma, começaram a ser
largamente copiados e as cartas de Paulo passaram a ter grande circulação.
A necessidade de
ensinar novos convertidos e o desejo de relatar o testemunho dos primeiros
discípulos em relação à vida e aos ensinamentos de Cristo resultaram na escrita
dos Evangelhos que, na medida em que as igrejas cresciam e se espalhavam,
passaram a ser muito solicitados. Outras cartas, exortações, sermões e
manuscritos cristãos similares também começaram a circular.
O mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um pequeno pedaço de papiro escrito no início do século II d.C. Nele estão contidas algumas palavras de João 18.31-33, além de outras referentes aos versículos 37 e 38. Nos últimos 100 anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Novo Testamento e o texto em grego do Antigo Testamento.
Outros Manuscritos
Além dos livros que
compõem o nosso atual Novo Testamento, havia outros que circularam nos
primeiros séculos da era cristã, como as Cartas de Clemente, o Evangelho de
Pedro, o Pastor de Hermas, e o Didache (ou Ensinamento dos Doze Apóstolos).
Durante muitos anos,
embora os evangelhos e as cartas de Paulo fossem aceitos de forma geral, não
foi feita nenhuma tentativa de determinar quais dos muitos manuscritos eram
realmente autorizados. Entretanto, gradualmente o julgamento das igrejas,
orientado pelo Espírito de Deus, reuniu a coleção das Escrituras que
constituíam um relato mais fiel sobre a vida e ensinamentos de Jesus. No Século
IV d.C. foi estabelecido entre os concílios das igrejas um acordo comum, e o Novo
Testamento foi constituído.
Os dois manuscritos
mais antigos da Bíblia em grego podem ter sido escritos naquela ocasião – o
grande Codex Sinaiticus e o Codex Vaticanus. Estes dois inestimáveis
manuscritos contêm quase a totalidade da Bíblia em grego. Ao todo são
aproximadamente 20 manuscritos do Novo Testamento escritos nos primeiros cinco
séculos.
Quando Constantino proclamou e impôs o cristianismo como única religião oficial no Império Romano, no final do Século IV, surgiu uma demanda nova e mais ampla por boas cópias de livros do Novo Testamento. É possível que o grande historiador Eusébio de Cesareia (263–340) tenha conseguido demonstrar ao imperador o quanto os livros dos cristãos já estavam danificados e usados, porque o imperador encomendou 50 cópias para igrejas de Constantinopla. Provavelmente, esta tenha sido a primeira vez que o Antigo e o Novo Testamentos foram apresentados em um único volume, agora denominado Bíblia.
A primeira tradução
Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de Cristo. Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica, o Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram apenas os judeus que viviam no estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico: com o cativeiro da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o hebraico.
Septuaginta (ou Tradução dos Setenta)
Esta foi a primeira tradução. Realizada por 70 sábios, ela contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica, pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C. A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas. Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.
Outras traduções
Outras traduções
começaram a ser desenvolvidas por cristãos novos nas línguas copta (Egito),
etíope (Etiópia), siríaca (norte da Palestina) e em latim – a mais importante
de todas as línguas pela sua ampla utilização no Ocidente. Por haver tantas
versões parciais e insatisfatórias em latim, no ano 382 d.C, o bispo de Roma nomeou
o grande exegeta Jerônimo para fazer uma tradução oficial das Escrituras.
Com o objetivo de
realizar uma tradução de qualidade e fiel aos originais, Jerônimo foi à
Palestina, onde viveu durante 20 anos. Estudou hebraico com rabinos famosos, e
examinou todos os manuscritos que conseguiu localizar. Sua tradução tornou-se
conhecida como “Vulgata”, ou seja, escrita na língua de pessoas comuns
(“vulgus”). Embora não tenha sido imediatamente aceita, tornou-se o texto
oficial do cristianismo ocidental. Neste formato, a Bíblia difundiu-se por
todas as regiões do Mediterrâneo, alcançando até o Norte da Europa.
Na Europa, os
cristãos entraram em conflito com os invasores godos e hunos, que destruíram
uma grande parte da civilização romana. Em mosteiros, nos quais alguns homens
se refugiaram da turbulência causada por guerras constantes, o texto bíblico
foi preservado por muitos séculos, especialmente a Bíblia em latim na versão de
Jerônimo.
Não se sabe quando e como a Bíblia chegou até as Ilhas Britânicas. Missionários levaram o evangelho para Irlanda, Escócia e Inglaterra, e não há dúvida de que havia cristãos nos exércitos romanos que lá estiveram no segundo e terceiro séculos. Provavelmente a tradução mais antiga na língua do povo desta região é a do Venerável Bede. Relata-se que, no momento de sua morte, em 735, ele estava ditando uma tradução do Evangelho de João. Entretanto, nenhuma de suas traduções chegou até nós. Aos poucos, as traduções de passagens e de livros inteiros foram surgindo.
Primeiras escrituras impressas
Na Alemanha, em
meados do século 15, um ourives chamado Johannes Gutenberg desenvolveu a arte
de fundir tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande porte produzido
por sua prensa foi a Bíblia em latim. Cópias impressas decoradas à mão passaram
a competir com os mais belos manuscritos. Esta nova arte foi utilizada para
imprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 – alemão, italiano, francês,
tcheco, holandês e catalão. E em outras seis línguas até meados do século 16 –
espanhol, dinamarquês, inglês, sueco, húngaro, islandês, polonês e finlandês.
Finalmente as
Escrituras realmente podiam ser lidas na língua destes povos. Mas essas
traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16,
manuscritos de textos em grego e hebraico, preservados nas igrejas orientais,
começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam
auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos.
Uma pessoa de grande destaque durante este novo período de estudo e aprendizado foi Erasmo de Roterdã. Ele passou alguns anos atuando como professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516, sua edição do Novo Testamento em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim. Assim, pela primeira vez, estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo Testamento na língua original, embora, infelizmente, os manuscritos fornecidos a Erasmo fossem de origem relativamente recente e, portanto, não eram completamente confiáveis.
Descobertas arqueológicas
Várias foram as
descobertas arqueológicas que proporcionaram o melhor entendimento das
Escrituras Sagradas. Os manuscritos mais antigos que existem de trechos do
Antigo Testamento datam de 850 d.C. Existem partes menores bem mais antigas
como o Papiro Nash do segundo século da era cristã. Mas sem dúvida a maior
descoberta ocorreu em 1947, quando um pastor beduíno, que buscava uma cabra
perdida de seu rebanho, encontrou por acaso os Manuscritos do Mar Morto, na
região de Jericó.
Durante nove anos,
vários documentos foram encontrados nas cavernas de Qumran, no Mar Morto,
constituindo-se nos mais antigos fragmentos da Bíblia hebraica que se têm
notícias. Escondidos ali pela tribo judaica dos essênios no século I, nos 800
pergaminhos, escritos entre 250 a.C. a 100 d.C., aparecem comentários
teológicos e descrições da vida religiosa deste povo, revelando aspectos até
então considerados exclusivos do Cristianismo.
Estes documentos
tiveram grande impacto na visão da Bíblia, pois fornecem espantosa confirmação
da fidelidade dos textos massoréticos aos originais. O estudo da cerâmica dos
jarros e a datação por carbono 14 estabelecem que os documentos foram produzidos
entre 168 a.C. e 233 d.C.
Destaca-se, entre
estes documentos, uma cópia quase completa do livro de Isaías, feita cerca de
100 a.C. Especialistas compararam o texto dessa cópia com o texto-padrão do
Antigo Testamento hebraico (o manuscrito chamado Codex Leningradense, de 1008
d.C.) e descobriram que as diferenças entre ambos eram mínimas.
Outros manuscritos também foram encontrados neste mesmo local, como fragmentos de um texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte do livro de Levítico e um targum (paráfrase) de Jó.
As descobertas arqueológicas, como a dos manuscritos do Mar Morto e outras mais recentes, continuam a fornecer novos dados aos tradutores da Bíblia. Elas têm ajudado a resolver várias questões a respeito de palavras e termos hebraicos e gregos, cujo sentido não era absolutamente claro. Antes disso, os tradutores se baseavam em manuscritos mais “novos”, ou seja, em cópias produzidas em datas mais distantes da origem dos textos bíblicos.
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